As essências florais, este maravilhoso presente que o Criador colocou ao nosso alcance, já fazem parte da vida de uma parcela da população. É comum vermos as pessoas com os seus vidros de florais, pingando suas gotinhas, na maior intimidade com o processo de cura da alma. É, porque a essências florais são capazes de tocar todos os aspectos da experiência humana, por meio da alma humana. E, a alma é aquilo que nos move, é paixão, desejo, luta por algo que está além do nosso alcance. A alma é também as profundezas da experiência. É a incursão na dor, na vulnerabilidade, na mortalidade, na entrega. Como a flor na planta, a alma humana expressa a riqueza da experiência; dá cor, textura e sentimento. É um cálice para receber a vida, um espaço interior no qual vivenciamos o mundo exterior. A alma vive através do contato com a pulsação da vida.
Mas, e como funcionam os florais? A ação das essências florais pode ser comparada aos efeitos que experimentamos ao ouvir uma peça musical particularmente emocionante ou ao contemplar uma inspirada obra de arte. As ondas luminosas ou sonoras que chegam aos nossos sentidos podem evocar sentimentos profundos em nossa alma, os quais indiretamente afetam nossa respiração, ritmo da pulsação e outros estados físicos. Esses padrões não nos causam impacto pela intervenção física ou química direta em nosso corpo. Ao contrário, é o contorno e arranjo da luz ou do som que despertam em nossa alma uma experiência semelhante àquela que nasceu dentro da alma do criador da forma musical ou artística. Esse é o fenômeno da “ressonância”, tal como acontece quando uma corda de guitarra soa ao ser entoada uma nota correspondente. De modo similar, a estrutura e a forma específica das forças vitais transmitidas por cada essência floral fazem ressoar, e despertam, qualidades particulares na alma humana.
A terapia floral envolve a aplicação de essências florais no contexto de um programa global de estimulação da saúde. Embora a palavra “terapia” seja tipicamente usada para indicar o tratamento e a cura da doença, a raiz grega “therapeía” tem o sentido mais amplo e anímico-espiritual de “serviço” e está relacionada ao verbo “therapeuein”, “cuidar de”. É nesse sentido de serviço e cuidado que falamos em terapia floral; ela é uma maneira de nutrirmos e sustentarmos a saúde com as forças benéficas da Natureza, no contexto de uma sábia e amorosa atenção humana. Resumindo, podemos ver que a moderna terapia floral é parte de uma busca maior, dentro das profissões voltadas aos cuidados com a saúde, por uma visão mais holística do ser humano e especialmente pela importância dos sentimentos, atitudes e crenças sobre a nossa saúde em geral e sobre a nossa capacidade de resistir à doença.
É neste contexto histórico da medicina do corpo-mente que podemos apreciar o gênio do Dr. Edward Bach, criador da terapia floral, e compreender porque seu trabalho fala tão fortemente aos nossos tempos.
O Dr. Bach foi um pioneiro na compreensão do relacionamento das emoções com a saúde do corpo e da psique. Ele percebeu que, para a saúde ser gerada, os nossos aspectos emocionais e espirituais precisam ser tratados. A má saúde ocorre quando nos falta uma percepção consciente da nossa identidade como alma-espírito, e quando nos alienamos dos outros ou perdemos a conexão com nosso propósito na vida. Como Bach explicou na sua importante obra “Cura-te a ti mesmo”, a doença é uma mensagem para mudarmos, uma oportunidade para tomarmos consciência das nossas imperfeições e para aprendermos as lições da vida, de modo a podermos cumprir melhor nosso verdadeiro destino.
Bach recebeu treinamento médico convencional em Londres e praticou durante anos como bacteriologista. Sua abordagem, contudo, era pouco convencional, na medida em que baseava seu tratamento mais nas emoções e atitudes de seus pacientes do que num diagnóstico puramente físico. Mais tarde, ele se voltou para a medicina homeopática, pois encontrou muita semelhança com as suas próprias idéias e observações, principalmente pela abordagem da saúde da pessoa como um todo e a aplicação de remédios que energizavam os poderes de cura do corpo.
Aos 43 anos de idade, Bach era respeitado por alopatas e homeopatas de toda a Europa. Estava em pleno êxito profissional como clínico e pesquisador, quando, obedecendo a um chamado interior, abandonou todas as suas atividades na cidade e partiu para o campo, a fim de desenvolver um novo sistema de remédios naturais, feitos com flores silvestres. Através de sua sensível observação tanto da Natureza como do sofrimento humano, foi capaz de correlacionar cada remédio floral com um específico estado mental humano.
Antes de sua morte em 1936, aos 50 anos, Bach desenvolveu uma série de essências florais que demonstravam um admirável insight na natureza humana. Numa época em que o mundo estava preocupado com o sofrimento físico, a convulsão política, a devastação econômica e a ascensão do nazismo e do fascismo, Bach percebeu a escuridão interior da alma humana. Reconheceu a importância de emoções destrutivas tais como a depressão, o ódio e o medo. Junto com os outros pioneiros da medicina psicossomática, ele percebeu o tributo devastador que as emoções e atitudes desequilibradas cobram do corpo humano. Bach foi mais longe, contudo, no sentido de saber que a verdadeira saúde está baseada na conexão de nossa vida e destino com um propósito maior. Além disso, ele compreendeu que poderíamos encontrar na própria Natureza as substâncias capazes de trazer profunda mudança à alma e ao corpo humanos.
Os ensinamentos de Bach, tiveram seguidores: outros pesquisadores, com o passar do tempo, sempre baseados na sua filosofia e princípios, desenvolveram novos sistemas, sempre buscando a “cura da alma” como ele mesmo denominava. Daí que hoje temos florais da Califórnia, do Alasca, do Pacífico, do Hawai, de Minas, do Deserto, entre tantos outros sistemas.
Bach deixou-nos um conhecimento e uma descoberta profundos e, ao mesmo tempo, simples, a ponto de permitir o uso dos florais concomitantemente a outros medicamentos e tratamentos e não provocar efeitos colaterais.
É importante salientarmos que, embora seja um método simples, devemos ter muito cuidado com a automedicação: dificilmente temos distanciamento crítico para podermos avaliar qual o melhor floral para a situação que estamos vivendo. Pessoas com os mesmos sintomas físicos ou emocionais podem precisar de essências muito diferentes; por exemplo, há várias essências para diversos tipos de depressão. Devemos sempre procurar um terapeuta floral devidamente qualificado, que tenha um amplo conhecimento sobre cada essência e sobre a forma de atuação, para podermos ter a certeza que usaremos o melhor floral para ajudar-nos na conecção com a cura que buscamos. Podemos nos beneficiar muito ao trabalharmos com a ajuda de um terapeuta floral porque ele possui um conhecimento das qualidades das essências e uma habilidade de aconselhar e entrevistar que ajudam nossa percepção consciente a ver quais as questões subjacentes da alma. Um terapeuta experiente pode fornecer apoio e insight quando as essências evocam sentimentos dolorosos ou nos põem frente a frente com escolhas duras.
Outro ponto muito importante é a consciência que devemos ter relacionada a cura: só nós mesmo podemos nos curar. Os florais são potencializadores, mas cada um de nós deve ser responsável pela própria cura. Floral não é um processo mágico onde tomo algumas gotas e estou curado. Nem é panacéia para todos os males. Só um terapeuta floral com profundo conhecimento sobre as essências, poderá avaliar e indicar a validade do uso de florais para cada caso em particular.
Para encontrar o seu terapeuta floral, se informe, busque indicações, pergunte pela sua formação, identifique a forma como ele trabalha e encara a cura. E acredite sempre na sua intuição: quando achamos o que buscamos simplesmente sabemos que encontramos.
As essências florais podem nos acompanhar durante todas as etapas de nossa vida, desde que nascemos até o momento em que formos desencarnar. Depende apenas de nós escolhermos o momento para buscar este maravilhoso recurso, que a Mãe Natureza colocou ao nosso serviço, para a plena evolução de nossa alma.
As essências florais, este maravilhoso presente que o Criador colocou ao nosso alcance, já fazem parte da vida de uma parcela da população. É comum vermos as pessoas com os seus vidros de florais, pingando suas gotinhas, na maior intimidade com o processo de cura da alma. É, porque a essências florais são capazes de tocar todos os aspectos da experiência humana, por meio da alma humana. E, a alma é aquilo que nos move, é paixão, desejo, luta por algo que está além do nosso alcance. A alma é também as profundezas da experiência. É a incursão na dor, na vulnerabilidade, na mortalidade, na entrega. Como a flor na planta, a alma humana expressa a riqueza da experiência; dá cor, textura e sentimento. É um cálice para receber a vida, um espaço interior no qual vivenciamos o mundo exterior. A alma vive através do contato com a pulsação da vida.
Mas, e como funcionam os florais? A ação das essências florais pode ser comparada aos efeitos que experimentamos ao ouvir uma peça musical particularmente emocionante ou ao contemplar uma inspirada obra de arte. As ondas luminosas ou sonoras que chegam aos nossos sentidos podem evocar sentimentos profundos em nossa alma, os quais indiretamente afetam nossa respiração, ritmo da pulsação e outros estados físicos. Esses padrões não nos causam impacto pela intervenção física ou química direta em nosso corpo. Ao contrário, é o contorno e arranjo da luz ou do som que despertam em nossa alma uma experiência semelhante àquela que nasceu dentro da alma do criador da forma musical ou artística. Esse é o fenômeno da “ressonância”, tal como acontece quando uma corda de guitarra soa ao ser entoada uma nota correspondente. De modo similar, a estrutura e a forma específica das forças vitais transmitidas por cada essência floral fazem ressoar, e despertam, qualidades particulares na alma humana.
A terapia floral envolve a aplicação de essências florais no contexto de um programa global de estimulação da saúde. Embora a palavra “terapia” seja tipicamente usada para indicar o tratamento e a cura da doença, a raiz grega “therapeía” tem o sentido mais amplo e anímico-espiritual de “serviço” e está relacionada ao verbo “therapeuein”, “cuidar de”. É nesse sentido de serviço e cuidado que falamos em terapia floral; ela é uma maneira de nutrirmos e sustentarmos a saúde com as forças benéficas da Natureza, no contexto de uma sábia e amorosa atenção humana. Resumindo, podemos ver que a moderna terapia floral é parte de uma busca maior, dentro das profissões voltadas aos cuidados com a saúde, por uma visão mais holística do ser humano e especialmente pela importância dos sentimentos, atitudes e crenças sobre a nossa saúde em geral e sobre a nossa capacidade de resistir à doença.
É neste contexto histórico da medicina do corpo-mente que podemos apreciar o gênio do Dr. Edward Bach, criador da terapia floral, e compreender porque seu trabalho fala tão fortemente aos nossos tempos.
O Dr. Bach foi um pioneiro na compreensão do relacionamento das emoções com a saúde do corpo e da psique. Ele percebeu que, para a saúde ser gerada, os nossos aspectos emocionais e espirituais precisam ser tratados. A má saúde ocorre quando nos falta uma percepção consciente da nossa identidade como alma-espírito, e quando nos alienamos dos outros ou perdemos a conexão com nosso propósito na vida. Como Bach explicou na sua importante obra “Cura-te a ti mesmo”, a doença é uma mensagem para mudarmos, uma oportunidade para tomarmos consciência das nossas imperfeições e para aprendermos as lições da vida, de modo a podermos cumprir melhor nosso verdadeiro destino.
Bach recebeu treinamento médico convencional em Londres e praticou durante anos como bacteriologista. Sua abordagem, contudo, era pouco convencional, na medida em que baseava seu tratamento mais nas emoções e atitudes de seus pacientes do que num diagnóstico puramente físico. Mais tarde, ele se voltou para a medicina homeopática, pois encontrou muita semelhança com as suas próprias idéias e observações, principalmente pela abordagem da saúde da pessoa como um todo e a aplicação de remédios que energizavam os poderes de cura do corpo.
Aos 43 anos de idade, Bach era respeitado por alopatas e homeopatas de toda a Europa. Estava em pleno êxito profissional como clínico e pesquisador, quando, obedecendo a um chamado interior, abandonou todas as suas atividades na cidade e partiu para o campo, a fim de desenvolver um novo sistema de remédios naturais, feitos com flores silvestres. Através de sua sensível observação tanto da Natureza como do sofrimento humano, foi capaz de correlacionar cada remédio floral com um específico estado mental humano.
Antes de sua morte em 1936, aos 50 anos, Bach desenvolveu uma série de essências florais que demonstravam um admirável insight na natureza humana. Numa época em que o mundo estava preocupado com o sofrimento físico, a convulsão política, a devastação econômica e a ascensão do nazismo e do fascismo, Bach percebeu a escuridão interior da alma humana. Reconheceu a importância de emoções destrutivas tais como a depressão, o ódio e o medo. Junto com os outros pioneiros da medicina psicossomática, ele percebeu o tributo devastador que as emoções e atitudes desequilibradas cobram do corpo humano. Bach foi mais longe, contudo, no sentido de saber que a verdadeira saúde está baseada na conexão de nossa vida e destino com um propósito maior. Além disso, ele compreendeu que poderíamos encontrar na própria Natureza as substâncias capazes de trazer profunda mudança à alma e ao corpo humanos.
Os ensinamentos de Bach, tiveram seguidores: outros pesquisadores, com o passar do tempo, sempre baseados na sua filosofia e princípios, desenvolveram novos sistemas, sempre buscando a “cura da alma” como ele mesmo denominava. Daí que hoje temos florais da Califórnia, do Alasca, do Pacífico, do Hawai, de Minas, do Deserto, entre tantos outros sistemas.
Bach deixou-nos um conhecimento e uma descoberta profundos e, ao mesmo tempo, simples, a ponto de permitir o uso dos florais concomitantemente a outros medicamentos e tratamentos e não provocar efeitos colaterais.
É importante salientarmos que, embora seja um método simples, devemos ter muito cuidado com a automedicação: dificilmente temos distanciamento crítico para podermos avaliar qual o melhor floral para a situação que estamos vivendo. Pessoas com os mesmos sintomas físicos ou emocionais podem precisar de essências muito diferentes; por exemplo, há várias essências para diversos tipos de depressão. Devemos sempre procurar um terapeuta floral devidamente qualificado, que tenha um amplo conhecimento sobre cada essência e sobre a forma de atuação, para podermos ter a certeza que usaremos o melhor floral para ajudar-nos na conecção com a cura que buscamos. Podemos nos beneficiar muito ao trabalharmos com a ajuda de um terapeuta floral porque ele possui um conhecimento das qualidades das essências e uma habilidade de aconselhar e entrevistar que ajudam nossa percepção consciente a ver quais as questões subjacentes da alma. Um terapeuta experiente pode fornecer apoio e insight quando as essências evocam sentimentos dolorosos ou nos põem frente a frente com escolhas duras.
Outro ponto muito importante é a consciência que devemos ter relacionada a cura: só nós mesmo podemos nos curar. Os florais são potencializadores, mas cada um de nós deve ser responsável pela própria cura. Floral não é um processo mágico onde tomo algumas gotas e estou curado. Nem é panacéia para todos os males. Só um terapeuta floral com profundo conhecimento sobre as essências, poderá avaliar e indicar a validade do uso de florais para cada caso em particular.
Para encontrar o seu terapeuta floral, se informe, busque indicações, pergunte pela sua formação, identifique a forma como ele trabalha e encara a cura. E acredite sempre na sua intuição: quando achamos o que buscamos simplesmente sabemos que encontramos.
As essências florais podem nos acompanhar durante todas as etapas de nossa vida, desde que nascemos até o momento em que formos desencarnar. Depende apenas de nós escolhermos o momento para buscar este maravilhoso recurso, que a Mãe Natureza colocou ao nosso serviço, para a plena evolução de nossa alma.
Publicado no Jornal do Consultório em outubro de 2000.